Ao segundo dia de novembro

Neste dia dos finados, há mais vida

Nas covas do que, nelas, lividez;

A paisagem se torna tão florida

Que lava, com suas cores, o xadrez.


Velas, nos promontórios, esfumaçam,

Como se transmitissem mil histórias

(Pelos divinos ventos, que as abraçam)

Dos que moram no reino das memórias.


Mausoléus superpõem-se aos jazigos,

Qual houvesse, na morte, preço ao Céu,

E tolhessem, da Terra, seus imigos.


Ora! quando eu me for, irei ao léu!

Solicito, portanto, aos meus amigos:

- À hora, libertai-me! Eis grão troféu!


Lucas de Lazari Dranski


Créditos pela imagem: <https://unsplash.com/photos/vohTY5Yl3_A>.

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