Protesto contra a realidade

A míngua que a arte me traz,

É a despedida do amor nuns

E a vinda da lâmina semilunar noutros;

E a solidão, do poeta desolado.


O trânsito incessante,

Das exigências substanciais,

É a peia que me impede de

Abandonar as causas, e partir em tua busca.


Protesto contra ti, nobre Existência!

Peco por maldizê-la, mas...

Sinto que a poesia me fez ser mais do que

um dia tu me fizeras ser.


Ela lavara as minhas dores e regara as minhas alegrias;

E tu, que as criaste, recolhera-se ao estampido do silêncio.

Ela se encantara com meus desvarios, e deixara-se levar pelo absurdo;

E tu, Realidade, sibilaste o inexprimível nada.


L.L.D.

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